sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

no corredor centro-bairro, ou no
bairro-centro indo por vias que
fazem a cidade parecer uma só
à noite bem tarde ou começo do dia
quando o motorista alucinado passa
voando lombadas, "vai pangaré",
ele diz galopando a máquina
gigante com três articulações
de plástico sanfonadas

numa delas,
suzuki faz curvas perigosas e
tenta não deixar cair as três
sardinhas embrulhadas num jornal
do dia que acabou de terminar.

sábado, 11 de abril de 2009

Aqui, outra vez.

Rádio2 agoniza mas não morre. E ainda volta em dose tripla.


Diretamente do Brooklyn, New York o Iran lança seu terceiro álbum após um hiato de 6 anos. Dissolver segue os rótulos dados ao som da banda: rock experimental lo-fi (ufa!); o caso é que na hora de ouvir e criticar o álbum essas características se tornam simplistas, se é que nem sempre o são. O Iran tenta ao longo de dez faixas manter o estilo de seus álbuns anteriores e adicionar novos elementos: o resultado é mediano, destaque para I Can See The Future e Buddy, na qual guitarra e vocal se confundem. Não é coincidência as melhores canções serem as duas primeiras já que em seguida o álbum passa a ser carregado de sintetizadores e as guitarras perdem força. Where I’m Going é ótima, porém seu clima tenebroso não condiz com o resto do cd.

Ao procurar informações sobre o Iran na Internet normalmente encontra-se que a banda é um projeto paralelo de Kyp Malone, guitarrista do Tv On The Radio, o que deixa a influência da outra banda nova-iorquina em I Already Know You’re Wrong, e em menores proporções no álbum inteiro, ainda mais clara. O sucesso da banda, no entanto, deve ser mais precisamente dirigido a Aaron Aites, multi-instrumentista e compositor de todas as músicas do Iran.

Download: Iran - Dissolver




Daniel Bejar, Carey Mercer e Spencer Krug. Talvez você não tenha conseguido ligar o nome à pessoa, ou no caso, à banda mas esse trio comanda os vocais de, respectivamente: Destroyer (e The New Pornographers), Frog Eyes e Wolf Parade (e Sunset Rubdown). Se tal informação continua não adiantando nada pra você, eu explico: o caso aqui é de uma super banda. Os canadenses citados acima não são meros vocalistas de boas bandas, suas vozes únicas as fazem serem melhores ainda. Mas eu tenho sempre um pé atrás com agrupamentos de estrelas...

No geral as coisas funcionam bem para o Swan Lake, apesar de contar com três vocalistas, digamos, de ofício, a parte instrumental não deixa nem um pouco a desejar e o álbum enche-se de referências interessantes, de David Bowie a Beirut. Cada um dos integrantes canta três faixas (eles não cantam juntos) e é por isso que eu tenho dúvidas se esse álbum poderá ser considerado um dos melhores do ano, são ótimas músicas aglomeradas que não formam um álbum conciso. O modo ímpar de interpretação dos vocalistas acaba por fazer Enemy Mine idiossincrático, em que cada faixa nos remete a seus outros trabalhos paralelos. O Swan Lake só precisa virar uma banda, o resto eles já tem.

Download: Swan Lake - Enemy Mine




Ouviram Cansei de Ser Sexy e acharam legal. Álbum de produtor, Karen O tá ainda mais histérica... mas vai que você gosta né.

Download: Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz








segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009






Arnaldo Antunes disse certa vez que nunca teve tanto prazer em cantar quanto no show que virou o álbum “Ao Vivo No Estúdio”, o nono de sua carreira solo. O conceito é o de um cd e um dvd gravados num estúdio, inteiramente ao vivo, para uma platéia de cerca de cinqüenta pessoas. O repertório compreende músicas de diversos momentos da carreira de Arnaldo, duas suas nos Titãs (“Não Vou Me Adaptar”, com Nando Reis e “Não Sou da Sua Rua”, com Branco Mello) e duas versões (“Qualquer Coisa”, de Caetano Veloso; “Luzes”, de Paulo Leminski).

Das canções, “Se Tudo Pode Acontecer”, “Luzes” e “Qualquer Coisa” foram as que mais me impressionaram. As duas primeiras, já em suas versões originais eram ótimas, mas agora, sem a parafernalha de percussões, efeitos e gritos, e por serem arranjadas de forma simples, são ainda mais interessantes e bonitas. Vale dizer, também, que as letras de Alice Ruiz, Paulo Leminski e Caetano, respectivamente, são algo de geniais. Outras boas canções do disco são “Qualquer” e “Saiba”, que nomeiam os álbuns precedentes de Arnaldo, e “Socorro”, também em parceria com Alice Ruiz.

O grande trunfo de "Ao Vivo No Estúdio" é acertar o tom e dar espaço para que se desfrute das ótimas letras, melodias e harmonias que possuem algumas canções de Arnaldo. Os instrumentistas, Marcelo Janeci (teclados e sanfona), Betão Aguiar (violão e guitarra) e Chico Salem (violão), conseguem criar bases e arranjos simples, mas sempre interessantes e criativos, e a voz de Arnaldo suavizada está, sim, melhor do que nunca e me rendeu um prazer raro.

Vejam se concordam: Arnaldo Antunes - Ao Vivo No Estúdio




Martim Maita


sábado, 27 de dezembro de 2008

Os Melhores Álbuns de 2008

1 Tv On The Radio - Dear Science,


O Tv On The Radio fez neste álbum tudo que teve medo de fazer nos outros dois; Dear Science, não pára um minuto para respirar, seja na épica Halfway Home ou na "princeana" Golden Age. Os novaiorquinos mostram como fazer um disco mais pop sem perder a identidade. Há guitarras reggaedas, há violinos, tem a música que o Bloc Party sempre sonhou em fazer (Dancing Choose). Prepare-se, você está diante de um clássico.
http://www.myspace.com/tvotr

2 Departement Of Eagles - In Ear Park

O projeto paralelo do integrante do Grizzly Bear, Daniel Rossen usa a influência da carreira solo de Paul McCartney para fazer melodias tão belas quanto complexas. In Ear Park constrói um clima de tensão impressionante com seu pop orquestrado.
Para quem gosta de Animal Collective, ou melhor, para quem gosta de música boa.
http://www.myspace.com/deptofeagles

3 Marcelo Camelo - Sou

Download
Eu boto minha mão no fogo por qualquer coisa que envolva o Hurtmold. O que tinha tudo para ser bom, fica ainda melhor com o quase minimalismo da banda paulistana e com Camelo se livrando de alguns vícios que o acompanhavam no Los Hermanos. Sou é um disco cheio de nós; sorte de quem os percebe e os aprecia, azar de quem tenta desmembrá-los com críticas simplistas como "cópia de Chico Buarque", "Los Hermanos sem guitarras", etc.

Mas quem se importa com o que eu digo? Melhor saber o que o Caê pensa disso:
Blog do Caetano

4 Deerhunter - Microcastle


Em seu terceiro cd, o Deerhunter junta elementos pop ao seu post-punk experimental, o que não quer dizer que o som da banda está mais fácil: há espaço para a complexidade típica do Radiohead, os momentos tensos do My Bloody Valentine e as guitarras cruas do Sonic Youth. Não pense, porém, depois de tantas referências, que Microcastle é simplesmente um emaranhado de influências; impressiona a originalidade da banda e a competência para fazer um som experimental convergir com melodias simples e bonitas.
http://www.myspace.com/deerhunter

5 No Age - Nouns



Download

Eu poderia citar milhares de estilos e rótulos para você entender o que é o som do No Age, basta saber que Nouns é a catarse em forma de música.
Para quem gosta de Sonic Youth, Mudhoney, Pavement.
http://www.myspace.com/nonoage

6 Plants and Animals - Parc Avenue


Canadenses, multi-instrumentistas, temas religiosos nas canções. Não, não é o Arcade Fire. Apesar de alguns canções remeterem a famosa banda, o Plants and Animals aposta em algo mais bucólico misturado a melodias pop e, por vezes, experimentais; somado a isso, as reviravoltas de Mercy, uma das melhores músicas do ano.
http://www.myspace.com/plantsandanimals

7 Vampire Weekend - Vampire Weekend


Download e Crítica

8 Devotchka - A Mad & Faithfull Telling



Download

Se você for procurar saber sobre o Devotchka irão te falar que é um típico exemplo de "rock cigano". Você não vai acreditar nisso, é claro. Seria um grande erro limitar o som de uma banda que consegue misturar um post-punk elaborado com influências de música latina e do leste europeu.
Para quem gosta de Tom Waits, Gogol Bordello, Beirut. Se bem que atualmente, todo mundo gosta de Beirut. Ai quando "Pequena Miss Sunshine" passar na Globo...
http://www.myspace.com/devotchkamusic

9 Wolf Parade - At Mount Zoomer


Download

Mais um bom disco desses canadenses que apostam na soma de guitarras e sintetizadores com os possivelmente melhores vocais da atualidade.
Para quem ainda acredita no indie rock e o que isso talvez queira dizer...
http://www.myspace.com/wolfparade

10 MGMT - Oracular Spectacular



Download

O MGMT tem uma coisa Roxy Music que me deixa louco!!! Momento glam a parte, é impressionante a capacidade de construir hits que esses jovens americanos têm com uma variedade enorme de influências como a dançante Kids, a reggaeira Electric Feel, a psicodélica 4th Dimensional Transition. No entanto, ainda precisa se afastar de todo hype que os rondam e dos vícios dos efeitos eletrônicos.
http://www.myspace.com/mgmt

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BOAS CANÇÕES DE 2008

O próximo vídeo é do Bristish Sea Power que lançou esse ano o álbum "Do You Like Rock Music?". O cd mistura canções extremamente desnecessárias com bons singles; um deles é No Lucifer:







Friendly Fires - Jump In The Pool






Para começar tem Two Steps, Twice do Foals, banda inglesa que lançou seu primeiro álbum este ano (Antidotes). No estúdio o som é razoavelmente bom (não merece estar em nenhuma lista de melhores do ano), mas ao vivo é completamente diferente... aproveite:




Esse show aconteceu no Japão como percebe-se pelas legendas que dizem claramente: "visite a Rádio2 regularmente".


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Coldplay - Viva La Vida Or Death And All His Friends

Life In Technocolor
Cemeteries Of London
Lost!
42
Lovers In Japan/ Reign Of Love
Yes
Viva La Vida
Violet Hill
Strawberry Swing
Death And All His Friends



Download: http://rapidshare.com/files/123392564/VLVDAHF.zip


"Just because I'm losing doesn't mean I'm lost"


É assim que se inicia a terceira faixa de Viva La Vida Or Death And All His Friends, a frase é a síntese do que representa o quarto álbum do Coldplay. Os ingleses não agradavam a mais ninguém a não ser seus fãs fervorosos; os críticos e todos aqueles que um dia já gostaram da banda estavam ávidos por mudanças. Elas vieram; desde a escolha do quadro "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugéne Delacroix, como capa até o título do álbum (retirado de uma obra de Frida Kahlo), Chris Martim e sua turma dão inúmeras amostras de que não estavam satisfeitos com o que a banda vinha fazendo. Foi chamado, então, o superprodutor Brian Eno, que tinha a árdua tarefa de fazer o Coldplay se renovar sem perder sua identidade.

Antes de qualquer coisa, há de se fazer um adendo: a intenção desta crítica não é dizer se o cd é bom ou ruim, e sim explicitar as inovações ocorridas em relação aos últimos álbuns. Guiado, talvez, pelo quadro de Delacroix, Chris Martin percebeu que por algo novo, alguns sacrifícios teriam de ser feitos. O vocalista dá mais espaço ao resto da banda, não há mais lugar para seus solos de piano e falsetes, assim como, para as canções piegas de amor e de extrema tristeza. Martin, porém, cresce em suas composições; ao invés de chorar pelo leite derramado ou querer conversar, ele agora quer ser enterrado em honra (Violet Hill), quer ser rei (Viva La Vida), quer mostrar que é bom ao mundo (Lovers In Japan).

A instrumental Life In Technocolor abre a obra de forma interessante, provando que as coisas estão diferentes e que Martin não é mais o protagonista. Cemeteries of London é um emaranhado de influências do Britpop, possuindo um título no melhor estilo Smiths, com riffs "emprestados" da boa fase do U2 (eu sei, eu sei) e com o vocalista evocando Thom Yorke na última estrofe antes do refrão. A quarta faixa, 42, poderia estar em qualquer um dos três primeiros álbuns do Radiohead; mas é na próxima música que tudo se explica, Lovers In Japan/Reign Of Love não servem apenas para dividir a mesma faixa mas para resumir o que é este álbum: a primeira é mais rápida, animada, enquanto a outra é o inverso, calma e triste, lembrando Parachutes. Elas trazem á tona a dubiedade do título do álbum e mostram um Coldplay menos comercial. A partir desse momento, banda e produtor se perdem: Yes também é dividida em dois, porém, ao contrário do que acontece na faixa anterior, nesta, a segunda parte serve para maquiar a obviedade da primeira; a necessidade de um hit ao estilo de In My Place e Speed Of Sound faz aparecer Violet Hill, que apesar da boa letra e de ser muito melhor que as outras duas citadas, destoa completamente do resto do disco. Ao menos para o fim, a banda nos presenteia com a excelente, e também dividida, Death And All His Friends.

Algo que me desegradava muito nos álbuns anteriores era que após uma audição, eu já sabia as letras e melodias como se os tivesse ouvido inúmeras vezes. Isso acontecia em razão do som ser formulado demais, muito certinho e da semelhança entre as canções ao longo do álbum. As fórmulas não sumiram, o som não está sujo, mas tudo parece mais complexo e um grande passo para isso foi o fim das "músicas para encher estádio", afinal, quanto mais os shows dos londrinos lotavam, mais as críticas aumentavam. Na frase que fecha Viva La Vida... Martin implora que não quer seguir a morte e seus amigos; talvez ele não esteja totalmente salvo disso, talvez tenha dado um passo na direção que deseja. Só sei que já ouvi o cd umas quatro vezes e ainda não sei as letras.


quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sobre Verdades e Hypes

A Rádio2 pede desculpas aos assíduos leitores deste blog pelo hiato ocorrido entre a última postagem e esta. Esperamos que isso não se repita...

Vampire Weekend - Vampire Weekend

Mansard Roof
Oxford Comma
A-Punk
Cape Cod Kwassa Kwassa
M79
Campus
Bryn
One (Blake's Got a New Face)
I Stand Corrected
Walcott
The Kids Don't Stand a Chance


Download: Vampire Weekend -Vampire Weekend

Tentaram hypar o Vampire Weekend. Não conseguiram. Ano passado, os nova-iorquinos foram apontados pela imprensa britânica como banda que iria acontecer em 2008. Eles não estavam errados, mas o fato não ocorreu como os tablóides e revistas musicais da terra da Rainha esperavam. Sem singles que não saem da cabeça, shows mirabolantes e o modo discreto como os rapazes se comportam, o álbum homônimo da banda foi rechaçado por alguns. Críticas um tanto injustas: a banda foi acusada de falta de originalidade, soar igual às suas aparentes influências, como Peter Gabriel e Talking Heads e de possuir letras muito complicadas.


Ezra Koening, Chris Baio, Rostam Batmanglij e Chris Tomson são 4 rapazes recém saídos da Columbia University em Nova Iorque. Enquanto estudantes, formaram o Vampire Weekend baseando suas melodias na mistura de afro-pop e indie rock, o resultado é o melhor cd de 2008 até agora. As letras, inteligentíssimas, convergem o cotidiano do campus da universidade com indicações sobre lugares e influências da banda. O teclado reggeado de Mansard Roof avisa o que vem pela frente: a melhor música do disco. Oxford Comma nasce despretensiosamente para crescer em meio a violinos, teclados e a bateria ora rockeira ora suave. A-Punk é o hit; M79 e I Stand Corrected deixam o álbum mais sério, este pela letra e aquele pelo instrumental; Walcott é a síntese do que é o Vampire Weeekend (a música é, basicamente, o roteiro de um filme que os membros da banda fizeram quando estavam na faculdade. O título do filme originou o nome da banda e o protagonista, o nome da música).


A maturidade instrumental da banda e a competência do vocalista Ezra Koening para adaptar sua voz a cada música e para compor nos deixam a espera de algo cada vez mais grandioso vindo desses nova-iorquinos. Impossível acreditar que eles não ouviram Talking Heads, Beatles, Clash; não deram uma olhada nos primeiros cds de Arctic Monkeys e Strokes. Mesmo assim, Vampire Weekend soa novo como se usasse uma simples fórmula de pegar o velho, trazer para o novo, remodelar e somar ao talento de composição. Se o disco foi complexo demais para os ingleses, a moral que ficou, após sua audição, para as bandas excessivamente repetitivas e que a imprensa da ilha tanto louva, é simples: “Se é pra copiar, copia direito, porra!”







quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Os Melhores de 2007
















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Playlist

10. The National - Fake Empire
9. The Wombats - Let's Dance To Joy Division
8. Kings Of Leon - On Call
7. The Killers feat. Lou Reed - Tranquilize
6. Radiohead - Bodysnatchers
5. Arctic Monkeys - Do Me A Favour
4. Radiohead - Videotape
3. LCD Soundsystem - All My Friends
2. Modest Mouse - March Into The Sea
1. Interpol - The Heinrich Maneuver

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Quem Precisa de Polícia?

Calma, este cyberespaço não decidiu de uma hora para outra explicitar suas radicais ideologias políticas. O título deste post deve-se a vinda ao Brasil de duas bandas que carregam os “defensores da lei” em suas alcunhas: The Police (08/12 no Maracanã) e Interpol (11/03 no Via Funchal em São Paulo). Qual dos dois você prefere? Quem escolheria para tomar conta da sua cidade?

Por razões óbvias, este rádio-blog fica com os americanos. Então, vamos ao que interessa. O último disco do Interpol é com certeza o mais fraco dos três álbuns lançados por eles até agora, apesar de possuir grandes canções como Mammoth, The Heinrich Maneuver, Pioneer To The Falls; As faixas são muito repetitivas e a criatividade nas letras diminuiu muito. Como ponto positivo pode-se apontar que a banda não soa tão parecida com Joy Division como antes.
Algumas semanas atrás foi lançado o DVD/EP de Our Love To Admire contendo seis faixas ao vivo, ou seja, um aperitivo para quem pretende ir ao show no ano vindouro e quer saber como os nova-iorquinos soam ao vivo; posso dizer que o que se ouve no show é muito parecido com o que se ouve no disco, infelizmente. Você pode baixar esse recém lançamento do Interpol no link abaixo.

Agora resta saber se o Interpol vai nos libertar com um ótimo som como os apresentados em Turn O n The Bright Lights e Antics ou ficaremos presos pela chatice "stinguiana"?


Download: http://rapidshare.com/files/74301764/Our_Love_To_Admire_DVD_EP.zip

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Especial Tim Festival













Se você nao tem duzentos reais pra ir ao Tim Festival, ouça aqui os mesmos filhos da puta e descubra se você saiu perdendo.


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Playlist
Björk - It's Oh So Quiet
Spank Rock - Bump
Girl Talk - Bounce That
Montage - Ode To My Pills (Benflogin)
Hot Chip - Arrest Yourself
The Killers - This River Is Wild
Juliette & The Licks - Purgatory Blues
Arctic Monkeys - Still Take You Home
Feist - Mushaboom
Cat Power - Free
Vanguart - Cachaça
Björk - Earth Intruders
Arctic Monkeys - Bigger Boys And Stolen Sweethearts
The Killers - Tranquilize

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

This Is It #3
















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Terceira edição do programa que apresenta o melhor do rock alternativo, dessa vez com destaque a bandas norte-americanas.

Playlist:
Interpol - The Heinrich Maneuver
Kings Of Leon - On Call
The Automatic - Monster
Cold War Kids - Hang Me Up To Dry

The Wombats - Kill The Director
Modest Mouse - Dashboard
Klaxons - Gravity's Rainbow
The Little Ones - Lovers Who Uncover
The White Stripes - Icky Thump
Queens Of The Stone Age - Sick, Sick, Sick
TV On The Radio - Wolf Like Me
Placebo - Special K
LCD Soundsystem - All My Friends

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Especial Fossa







Programa tristemente apresentado por Martim Maita e Rodrigo Giordano, em homenagem ao amigo de coração dilacerado, Nicolau.

Playlist
Radiohead - Creep
Belle & Sebastian - You Made Me Forget My Dreams
Imogen Heap - Hide And Seek
The Cure - Boys Don't Cry
Damien Rice - 9 Crimes
The Beatles - Girl
Keane - Hamburg Song
Snow Patrol - Run
Cat Power - I Found A Reason (Velvet Underground cover)
Nine Inch Nails - Hurt
Antony And The Johnsons - Hope There's Someone
The Verve - The Drugs Don't Work
The Beatles - Julia
Joy Division - Love Will Tear Us Apart
The Smiths - There Is A Light That Never Goes Out

sábado, 28 de abril de 2007

Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare

Brianstorm
Teddy Picker

D is For Dangerous
Balaclava

Flourescent Adolescent
Only Ones Who Know
Do Me a Favour

This House Is a Circus
If You Were There, Beware
The Bad Thing

Old Yellow Bricks
505



Faça o downlaod aqui:

http://rapidshare.com/files/28314298/Favourite_Worst_Nightmare_-_Arctic_Monkeys.zip


Você estava ansioso pelo novo álbum do Arctic Monkeys? Deu tempo? Pois é, apenas um ano depois de lançar o tal aclamado Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, a banda mais “hypada” do mundo chega com o seu segundo cd, Favourite Worst Nightmare. E é claro, acompanhando o lançamento do disco vêm também todos os comentários da imprensa, tentando colocar os queridos símios do ártico como “salvadores do rock’n’roll”.

Mas o Arctic Monkeys nunca ligou muito para isso não. Para ter uma prova disso é só visitar o my space dos caras e ver que a frase da banda é: “Don’t Believe The Hype” e ano passado eles lançaram um single chamado: “Who The Fuck are Arctic Monkeys?” ou seja, além de humildes ainda são “cool”. O importante mesmo é que Favourite Worst Nightmare está ai e traz uma banda mais madura, porém sem perder o espírito de juventude em suas letras. A voz de Alex Turner é mais exigida e suas composições permitem que ele seja comparado a Morissey e Noel Gallagher.

O albúm começa com Brianstorm, primeiro single, que poderia com toda certeza estar no primeiro cd e tem uma letra totalmente nonsense (fala de uma combinação entre camisa e gravata que os caras viram em alguém durante uma viagem) e uma melodia rápida, terminando quando você menos espera, com Matt Helders esmurrando a bateria. Deja vú? É assim pelas próximas três faixas, o bom e velho(?) Arctic Monkeys fazendo o que sabe.

Porém, para surpresa geral, chega a hora de Fluorescent Adolescent e os ingleses de Sheffield nos mostram que têm capacidade para fazer uma boa balada e melhor ainda, construir um hit, falando sobre a melancólica vida sexual de uma senhora de meia idade ("Flicking through a little book of sex tips. Remember when the boys were all eletrical?"). Mas não é só essa novidade que Alex Turner tem para nós. Bem na metade do álbum, Only One Who Knows vem sem baixo e bateria e com Alex falando de amor ("They made it far too easy to believe, that true romance can’t be achieved these days"). Provavelmente os fãs mais fervorosos vão achar a música chata, mas eu prefiro tê-la como introdução para a melhor música do cd, Do Me a Favour, que também traz um novo estilo relacionado ao que os monkeys faziam (fazem), a guitarra e a bateria vão crescendo durante a canção para estourar no final; méritos também a Alex Turner que compõe uma música tão profunda e intensa. A partir daí tudo volta ao normal, This House is a Circus; If You Were There, Beware e The Bad Thing remetem ao cd lançado ano passado, porém não tão dançantes. O final fica para a tocante 505, que, acompanhada de um órgão (sim, Arctic Monkeys e órgão estão na mesma frase), nos apresenta Alex Turner quase como um trovador, esperando voltar para sua amada e imaginando-a deitada a sua espera, além da melodia que estoura no final fazendo com que a canção não deva nada a A Certain Romance, que termina brilhantemente o primeiro álbum.

Favourite Worst Nightmare faz com que o Arctic Monkeys se posicione como melhor banda da Era pós-Strokes e Libertines e dá sentido à rapidez com que foi lançado após um primeiro álbum tão bom. Eles não se cansam de fazer músicas boas, por isso quem não gosta deve dar uma chance aos macacos.
Believe in this hype.


Por Rodrigo Giordano

quarta-feira, 14 de março de 2007

Out to Lunch #1


Programa de art rock e jazz com Martim Maita. Na estréia, Frank Zappa e The Lounge Lizards, banda do saxofonista John Lurie.

Frank Zappa - 1969 - Hot Rats

Peaches En Regalia
Little Umbrellas
Son of Mr. Green Genes
The Gumbo Variations

The Lounge Lizards - 1987 -No Pain For Cakes

Tango #3 No Pain for Cakes

The Lounge Lizards - 1998 - Queen of All Ears

Three Crowns of Wood

quinta-feira, 1 de março de 2007

Arcade Fire - Neon Bible

Black Mirror
Keep The Car Running
Neon Bible
Intervention
Black Waves/Bad Vibrations
Ocean Of Noise
The Well And The Lighthouse
(Antichrist Television Blues)
Windowsill
No Cars Go
My Body Is A Cage



Faça o download aqui:
http://rapidshare.com/files/18953681/Neon_Bible_-_Arcade_Fire.zip


Na época em que EMOção ganhou um sentido pejorativo, o Arcade Fire fez um cd brilhante (Funeral), que tocou os corações dos mais radicais indies do planeta, com uma música sincera, baladas explosivas, emoção à flor da pele, acordeons, harpas, órgãos, violoncelos, xilofones, etc. Daí chegou 2007 e junto com ele, Neon Bible e... adeus emoção! adeus xilofone! adeus genialidade!

Calma, eu não estou dizendo que o Arcade Fire deixou tudo que construiu para trás (nem que demitiu o cara do xilofone), mas em seu novo álbum, a maioria das músicas dá o sentimento que está faltando alguma coisa. Claro que eu não queria que mais alguns parentes dos canadenses tivessem morrido pra eles produzirem um cd emocionante e sincero, como aconteceu no primeiro. Mas toda maestria esperada não veio em Neon Bible.

Pontos positivos, porém, não faltam nesse novo trabalho: as letras são mais ecléticas, há variação de assuntos; as guitarras têm mais espaço; a influência de David Bowie fica mais marcante. O começo é tenso com a canção Black Mirror, que é a melhor do cd e poderia facilmente estar em Funeral. O principal detalhe é como Win Butler mostra que pode variar sua voz, com uma qualidade impressionante; e você achando que o Arcade Fire continua genial... Keep The Car Running poderia estar em qualquer cd do Smiths e você nem iria perceber; A terceira faixa, Neon Bible, nos deixa à espera da explosão... que não vem. O órgão comanda o fundo de Intervention, fazendo da música triunfal com a ajuda da letra que questiona a devoção à Igreja (“You’ve been working for the church while your life falls apart. Singin’ “Hallelujah” with the fear in your heart”); Logo após, “chega” Black Waves/Bad Vibrations, dividida em duas partes em que a interação entre as vozes do casal Régine Chassagne e Win Butler, é umas das poucas qualidades; Ocean of Noise, é uma balada fraca e chata, que você nunca esperaria vir do Arcade Fire. O lampejo de genialidade da primeira e quarta música do álbum só voltam na seqüência entre a sétima e décima música; The Well And The Lighthouse é levada por guitarras e lembra as boas e velhas (?) “Neighborhoods”; (Antichrist Television Blues) é uma bela canção que mostra que há Johnny Cash no Arcade Fire e ironiza a influência da igreja na vida das pessoas (“You’re gonna have your day in the sun, you know God loves the sensitive ones”.); Guerras e soldados são assuntos freqüentes neste álbum, como em Windowsill, em que as anáforas do começo deixam clara a busca pela fuga da sociedade (“The Windows are locked now, so what’ll it be? A house on fire or rising sea?”.); A décima faixa é uma velha conhecida, No Cars Go é perfeitamente encaixada no álbum. Para o final act, a volta do órgão se mescla com a voz do vocalista em My Body Is a Cage, que termina bem o cd mas não é uma grande canção. E você não acha mais que o Arcade Fire continua genial...

Neon Bible é isso, apenas um bom disco. A parte instrumental está mais fraca, Win Butler não solta tanto a voz quanto antes, etc. E influenciado por toda onda religiosa do álbum, que foi gravado em uma igreja em Montreal, tenho que confessar que errei, errei feio ao ouvir Funeral antes de Neon Bible. Não me arrependo.


Por Rodrigo Giordano

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Especial Coldplay

















Programa especial da banda inglesa que fará show na Paulicéia, dias 26, 27 e 28/02. Apresentação, Rodrigo Giordano e na técnica, Martim Maita.

Playlist
Things I Don't Understand
The World Turned Upside Down
White Shadows
Karma Police - Radiohead
She Bangs The Drums - The Stone Roses
The Killing Moon - Echo & The Bunnymen
1.36
Talk
How You See The World
A Rush Of Blood To The Head
Yellow
Forget Myself - Elbow
Annie, Let's Not Wait - Guillemots
Sky Starts Falling - Doves
In The Sun - Chris Martin feat. Michael Stipe
The Scientist

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Bloc Party - A Weekend In The City

Song For Clay (Disappear Here)
Hunting For Witches
Waiting For The 7.18
The Prayer
Uniform
On
Where Is Home?
Kreuzberg
I Still Remember
Sunday
Sxrt




Faça o download aqui:
Bloc Party - A Weekend In The City


O segundo cd. Ahhhhhh o segundo cd! Tão aguardado por fãs e críticos, tão temido pelas bandas que tiveram sucesso em seu primeiro trabalho. Mas parece que o Bloc Party transformou esse receio em ambição. A Weekend In The City é um álbum obscuro, sério, dramático e que em quase nenhum momento remete ao álbum de estréia da banda, Silent Alarm.

Mas nem tudo são flores neste novo trabalho do grupo inglês. Em alguns momentos, na tentativa de reinventar a própria música , o Bloc Party se perde com canções muito longas e riffs muito parecidos ao longo do cd. Se não é um album repleto de grandes músicas como Silent Alarm, o novo trabalho chega com canções marcantes e memoráveis.

A grande mudança da banda está nas novas influências (sai New Order e o som Pós-Punk e entra Radiohead, Placebo e Arty Punk...) e no amadurecimento, principalmente de seu vocalista Kele Okereke, nas letras e melodias; a base eletrônica é substituída por pesados riffs como em Uniform. Os assuntos trazidos pelos ingleses também fazem de A Weekend In The City, mais interessante: homossexualidade (Como em I Still Remember: “Every park benchs your name. I kept your tie”), política (Hunting For Witches), drogas (On), arrependimento (em Waiting For The 7.18: “If I could do it again, I’d climb more trees, I’d pick and I’d eat more blackberries”.), preconceito (em Where Is Home? :”In every headline we are reminded that this is not home for us”) desapontamento, tristeza, solidão. O ponto alto, porém, fica para a quarta música e primeiro single do cd, The Prayer, na qual Kele pergunta à Deus se é errado almejar fama e reconhecimento. A segunda parte do cd não é tão experimental e pesada como a primeira mas nem por isso deixa a desejar, tendo baladas fortes e obscuras.

A Weekend In The City está longe de ser uma unanimidade, uma “masterpiece”, ou mesmo um puta álbum, mas ao contrário de muitas bandas que após o sucesso do primeiro cd, repetem a mesma “fórmula” no segundo, o Bloc Party cresceu, foi ambicioso e não teve medo de errar. Isso pode ser visto como resultado do amadurecimento e seriedade da banda inglesa na hora de preparar este álbum, que passou (não com tanta facilidade) no meu teste final. Será que vai passar no seu? Faça como Kele Okereke, descubra um novo Bloc Party.

Por Rodrigo Giordano
Meus caros amigos, sempre com um espírito de inovação, a Rádio2 traz a vocês uma novidade. Graças às mágicas da internet, agora será possível baixar discos inteiros por aqui. A idéia é mostrar o que há de novo e também trazer coisas de difícil acesso ou que foram cruelmente esquecidas pelo tempo.

Façam críticas e sugestões por meio dos comentários. Grande abraço!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Das Antigas #2














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Programa de rock que faz um apanhado dos clássicos dos anos 60, 70 e 80. Apresentação, Lucas Galhardo e técnica, Martim Maita.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

This Is It #2











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Programa que mostra toda a cena do rock alternativo contemporâneo. Apresentação, Rodrigo Giordano e técnica, Martim Maita.

Playlist
The Raconteurs - Crazy (Gnarls Barkley Cover)
The Young Knives - She's Attracted To
Albert Hammond Jr. - Back To The 101
Clap Your Hands Say Yeah - The Skin Of My Yellow Country Teeth
Peter, Bjorn And John - Young Folks
The Good, The Bad And The Queen - Herculean
Sigur Rós - Hoppípolla
Franz Ferdinand - The Fallen
Muse - Supermassive Black Hole
Bloc Party - The Prayer
Maximo Park - I Want You To Stay
The Sunshine Underground - Commercial Breakdown
The Strokes - The End Has No End

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Tudo começou numa ensolarada manhã de domingo. Estávamos os quatro num parque em meio à fauna e à flora, longe de todos os males da civilização, admirando a vida em seu estado primordial. Nesse clima bucólico, iluminado, eu diria, nasceu o embrião da Rádio 2.

Foi o Nichollas, com seus poderes de pai-de-santo, que invocou de algum lugar do continente africano o lance todo. Ele primeiro sussurrou, temendo que aquela idéia soasse forte demais, e depois, tomando consciência da genialidade daquilo, saiu correndo, saltitando e dançando, enquanto berrava a plenos pulmões: Rádio 2!!!!

E aí estamos, Nichollas, Rodrigo, Galhardo e eu, tocando tudo isso desde lá, com a ajuda mais do que surreal do artesão da internet, Bruno Barretto. Nossos mais sinceros agradecimentos a ele.

É isso. Preparem seus corações, senhores, que logo teremos novos programas.


Martim Maita

sábado, 16 de dezembro de 2006

Das Antigas #1



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Programa que faz um apanhado dos clássicos dos anos 60, 70 e 80, com Lucas Galhardo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

This is It #1



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Programa que mostra toda a cena do rock alternativo contemporâneo, com Rodrigo Giordano.
Playlist:
Razorlight - In The Morning
The Killers - When You Were Young
Boy Kill Boy - Suzie
The Rakes - Binary Love
Arctic Monkeys - When The Sun Goes Down
Oasis - Cigarettes And Alcohol
Arcade Fire - Neighbourhood #1 (Tunnels)
Echo & The Bunnymen - All Because Of You Days
Yeah Yeah Yeahs - Cheated Hearts
The Raconteurs - Steady As She Goes
Hard-Fi - Hard To Beat
Placebo - Every You Every Me
Radiohead - There There

A Rádio2

Dizem que quando alguma coisa revolucionária e estrondosa está por acontecer, é possível sentir um cheiro estranho no ar. Foi assim na França do século dezoito. Mesmo antes da revolução estourar, já dava pra sentir em todos os cantos aquele cheiro de cabeça de nobre guilhotinada. Se não acreditam em mim, perguntem à Person. Ela estava lá e pode confirmar tudo.
Provavelmente, nesses últimos dias, a vida de vocês foi invadida por esse inconfundível cheiro da mudança, e saibam que não é por acaso. Algo de grandioso estava prestes a acontecer: o surgimento da Rádio2.
Agora, para confirmar o que já havia sido prenunciado, declaro a Rádio2, a segunda maior rádio de música alternativa da galáxia, inaugurada. E fico profundamente feliz em ser o porta-voz deste que será lembrado no futuro como um dos acontecimentos mais marcantes dos últimos séculos. Atrás apenas da briga catártica entre o Daniel e o Salsicha.

Companheiros, aproveitem e deliciem-se.