quarta-feira, 11 de junho de 2008

Coldplay - Viva La Vida Or Death And All His Friends

Life In Technocolor
Cemeteries Of London
Lost!
42
Lovers In Japan/ Reign Of Love
Yes
Viva La Vida
Violet Hill
Strawberry Swing
Death And All His Friends



Download: http://rapidshare.com/files/123392564/VLVDAHF.zip


"Just because I'm losing doesn't mean I'm lost"


É assim que se inicia a terceira faixa de Viva La Vida Or Death And All His Friends, a frase é a síntese do que representa o quarto álbum do Coldplay. Os ingleses não agradavam a mais ninguém a não ser seus fãs fervorosos; os críticos e todos aqueles que um dia já gostaram da banda estavam ávidos por mudanças. Elas vieram; desde a escolha do quadro "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugéne Delacroix, como capa até o título do álbum (retirado de uma obra de Frida Kahlo), Chris Martim e sua turma dão inúmeras amostras de que não estavam satisfeitos com o que a banda vinha fazendo. Foi chamado, então, o superprodutor Brian Eno, que tinha a árdua tarefa de fazer o Coldplay se renovar sem perder sua identidade.

Antes de qualquer coisa, há de se fazer um adendo: a intenção desta crítica não é dizer se o cd é bom ou ruim, e sim explicitar as inovações ocorridas em relação aos últimos álbuns. Guiado, talvez, pelo quadro de Delacroix, Chris Martin percebeu que por algo novo, alguns sacrifícios teriam de ser feitos. O vocalista dá mais espaço ao resto da banda, não há mais lugar para seus solos de piano e falsetes, assim como, para as canções piegas de amor e de extrema tristeza. Martin, porém, cresce em suas composições; ao invés de chorar pelo leite derramado ou querer conversar, ele agora quer ser enterrado em honra (Violet Hill), quer ser rei (Viva La Vida), quer mostrar que é bom ao mundo (Lovers In Japan).

A instrumental Life In Technocolor abre a obra de forma interessante, provando que as coisas estão diferentes e que Martin não é mais o protagonista. Cemeteries of London é um emaranhado de influências do Britpop, possuindo um título no melhor estilo Smiths, com riffs "emprestados" da boa fase do U2 (eu sei, eu sei) e com o vocalista evocando Thom Yorke na última estrofe antes do refrão. A quarta faixa, 42, poderia estar em qualquer um dos três primeiros álbuns do Radiohead; mas é na próxima música que tudo se explica, Lovers In Japan/Reign Of Love não servem apenas para dividir a mesma faixa mas para resumir o que é este álbum: a primeira é mais rápida, animada, enquanto a outra é o inverso, calma e triste, lembrando Parachutes. Elas trazem á tona a dubiedade do título do álbum e mostram um Coldplay menos comercial. A partir desse momento, banda e produtor se perdem: Yes também é dividida em dois, porém, ao contrário do que acontece na faixa anterior, nesta, a segunda parte serve para maquiar a obviedade da primeira; a necessidade de um hit ao estilo de In My Place e Speed Of Sound faz aparecer Violet Hill, que apesar da boa letra e de ser muito melhor que as outras duas citadas, destoa completamente do resto do disco. Ao menos para o fim, a banda nos presenteia com a excelente, e também dividida, Death And All His Friends.

Algo que me desegradava muito nos álbuns anteriores era que após uma audição, eu já sabia as letras e melodias como se os tivesse ouvido inúmeras vezes. Isso acontecia em razão do som ser formulado demais, muito certinho e da semelhança entre as canções ao longo do álbum. As fórmulas não sumiram, o som não está sujo, mas tudo parece mais complexo e um grande passo para isso foi o fim das "músicas para encher estádio", afinal, quanto mais os shows dos londrinos lotavam, mais as críticas aumentavam. Na frase que fecha Viva La Vida... Martin implora que não quer seguir a morte e seus amigos; talvez ele não esteja totalmente salvo disso, talvez tenha dado um passo na direção que deseja. Só sei que já ouvi o cd umas quatro vezes e ainda não sei as letras.


2 comentários:

Gean Carlos disse...

Esse cD novo do Coldplay
é muitoo bOm!
... e tua criica é perfeitahh.
=D.
parabéns.
bJO'.

Fabio Rocha disse...

Não dá para comentar, mas adorei seu estilo de poesia no outro blog. Abraços